Roteiro das aulas do professor Rui
Rocha, do curso de Geografia da Bahia.
Por Jeferson Oliveira da Silva
* O povoamento da América
A América era um continente
desabitado até a chegada dos povos asiáticos, que posteriormente foram chamados
de índios. A maioria dos estudiosos acredita que tenham vindo por terra do
Norte da África, povoando a Europa, Ásia e entrando na América pelo estreito de
Bering, numa época em que as águas do estreito se encontravam congelada.
* Navegar é preciso.
Nos séculos xv e xvi, Portugal e
Espanha eram os dois países da Europa que mais se destacavam na arte da
navegação. A localização geográfica e um maior conhecimento marítimo de
Portugal deu a seus marinheiros o interesse por viagens e experiência de
navegar no Atlântico. Um dos interesses dos portugueses da época era chegar à
região das índias para comprar especiarias e vendê-las na Europa. Os
portugueses optaram por encontrar um caminho marítimo navegando pelo Oceano
Atlântico, até chegar ao Oceano Índico, e finalmente as Índias.
Os portugueses navegaram pela costa
da África até atingir o extremo sul do continente, o Cabo da Boa Esperança até
chegar à Índia. Eles invadiram e conquistaram muitas regiões e povos do
continente africano.
Os espanhóis afirmavam poder chegar às
Índia navegando em direção ao Ocidente, e mesmo antes dos portugueses chegarem às
Índia, os espanhóis chegaram à América, o novo continente. Pensando ter chegado
às índias, Colombo chamou de índios o povo que encontrou pelas praias.
Descobertas e conquistas de novas terras
ficaram conhecidas como época das grandes navegações.
* Grandes Navegações, O Brasil e a Bahia.
Com a
descoberta do caminho par as Índias, iniciava-se o comércio de produtos
orientais pelo mar, já que foi banido o trajeto que antes era feito por terra
em território de domínio árabe sobre o império de Constantinopla.
Em 1500, sob o
comando de Cabral, uma esquadra partiu de Portugal com destino oficial para as
Índias, no entanto, desviou-se de sua rota e rumou para oeste, influenciado
pela corrente marítima do Brasil. Depois de navegarem por alguns dias, os
tripulantes avistaram o Monte Pascoal. Os portugueses trataram de tomar posse
da terra em nome do rei.
•Portugal e Espanha dividem o mundo entre si.
Por mais de 30
anos, os portugueses não demonstravam interesse pelas terras do Brasil, suas
atenções estavam voltadas para o lucrativo comércio de especiarias com o
oriente. No reconhecimento do litoral brasileiro, não tiveram notícia de ouro,
prata, ou outro minério rentável, contudo, existia uma madeira avermelhada,
chamada Pau-Brasil da qual extraia tinta. Contrabandistas franceses invadiam o
litoral brasileiro, retiravam essa madeira e levavam grandes carregamentos para
Europa. Para impedir as invasões, foram enviadas expedições para policiar e
expulsar os franceses e criar núcleos de povoamento no litoral brasileiro.
•As capitanias hereditárias e a Bahia
O rei de
Portugal resolveu dividir as terras brasileiras em quinze unidades, colonizando
o território brasileiro e lucrando com a plantação de cana e a fabricação de
açúcar que naquela época era um produto caro na Europa. As capitanias foram
doadas a ricos portugueses da confiança do rei. Os donatários administravam,
povoavam, exploravam e defendia as terras recebidas. O território baiano estava
dividido em três das quinze capitanias hereditárias em 1534.
*A Bahia de todos os Santos
*Porto Seguro
* Ilhéus.
Assim surgiram
os latifúndios que existe até hoje no espaço rural do nosso estado, desse modo às
terras foram sendo tomadas dos índios e distribuída a colonos portugueses.
Das três
capitanias da Bahia, a que mais se desenvolveu foi a Bahia de todos os Santos.
Os marinheiros que adentravam aquela enorme baia encontravam águas limpas e
profundas e uma planície de inundação fértil para o plantio de cana, uma rica
biodiversidade de fauna e flora e foz de vários rios.
Todos esses recursos naturais foram
significativamente importantes para o desenvolvimento das capitanias baianas. Um
porto seguro, de uma dinâmica geográfica portuária bastante significativa.
Com a
valorização do açúcar brasileira no mercado Europeu, a economia açucareira da
capitania baiana cresceu, bem como a população e o comercio e o porto, fazendo
surgir assim a primeira capital brasileira, Salvador, uma cidade cosmopolita
para época, altamente miscigenada pelos
povos Europeus, os índios e negros escravos trazidos de África.
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